sábado, 23 de outubro de 2010

RECEITAS DE COMIDAS TÍPICAS DE GOIÁS

Pamonha Salgada

Pamonha goiana salgada com queijo

Ingredientes

12 (doze) espigas de milho verde
1 (um) copo de água
2 (duas) xícaras de açúcar
1 (uma) xícara de coco ralado fino
1 (uma) pitada de sal
palhas para a embalagem

Modo de Preparo

Rale as espigas ou corte-as rente ao sabugo e passe no liquidificador, juntamente com a água.

Acrescente o coco, o açúcar e mexa bem.

Coloque a massa na palha de milho e amarre bem.

Em uma panela grande ferva bem a água, e vá colocando as pamonhas uma a uma após a fervura completa da água.

Importante : a água deve estar realmente fervendo para receber as pamonhas, caso contrário elas vão se desfazer.

Cozinhe por mais ou menos 40 minutos, retirando as pamonhas com o auxílio de uma escumadeira.

Deixe esfriar em local bem fresco.

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SALADA DE GUARIROBA



Ingredientes


Modo de Fazer

•Molho

Em uma panela já no fogo, derreta a manteiga e acrescente a cebola, o caldo de galinha, duas xícaras de água e duas pitadas de sal. Mexa e deixe ferver até que s cebolas fiquem levemente cozidas.

•Montagem do prato

Em uma travessa grande, coloque toda a guariroba, distribuindo uniformemente para cobrir o fundo. Por cima da guariroba, coloque o molho de cebola. Acrescente o restante dos ingredientes e vá misturando. Coloque primeiro as pimentas de cheiro e bode, azeitonas, coentro, salsinha, cebolinha, alho granulado, tomate seco, pimenta do reino e, para finalizar, regue com bastante azeite. Leve pra geladeira e sirva frio, de preferência.

DICA : para retirar o amargo da guariroba, corte-a em uma vasilha contendo água e algumas gotas de limão. Vá trocando a água até retirar todo o amargo.




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TOCANDO EM FRENTE...

Tocando em Frente

Almir Sater

Composição: Almir Sater e Renato Teixeira
Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nos compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nos compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SER GOIANO

Ser goiano


                                                                       

Ser goiano é carregar uma tristeza telúrica num coração aberto de sorrisos.  É ser dócil e falante, impetuoso e tímido. É dar uma galinha para não entrar na briga e um nelore para sair dela. É amar o passado, a história, as tradições, sem desprezar o moderno. É ter latifúndio e viver simplório, comer pequi, guariroba, galinhada e feijoada, e não estar nem aí para os pratos de fora.

Ser goiano é saber perder um pedaço de terras para Minas, mas não perder o direito de dizer também uai, este negócio, este trem, quando as palavras se atropelam no caminho da imaginação.

O goiano da gema vive na cidade com um carro-de-boi cantando na memória. Acredita na panela cheia, mesmo quando a refeição se resume em abobrinha e quiabo. Lê poemas de Cora Coralina e sente-se na eterna juventude.

Ser goiano é saber cantar música caipira e conversar com Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e Carlos Gomes. É acreditar no sertão como um ser tão próximo, tão dentro da alma. É carregar um eterno monjolo no coração e ouvir um berrante tocando longe, bem perto do sentimento.

Ser goiano é possuir um roçado e sentir-se um plantador de soja, tal o amor à terra que lhe acaricia os pés. É dar tapinha nas costas do amigo, mesmo quando esse amigo já lhe passou uma rasteira.

O goiano de pé-rachado não despreza uma pamonhada e teima em dizer ei, trem bão, ao ver a felicidade passar na janela, e exclama viche, quando se assusta com a presença dela.

Ser goiano é botar os pés uma botina ringideira e dirigir tratores pelas ruas da cidade. É beber caipirinha no tira-gosto da tarde, com a cerveja na eterna saideira. É fabricar rapadura, Ter um passopreto nos olhos e um santo por devoção.

O goiano histórico sabe que o Araguaia não passa de um "corgo", tal a familiaridade com os rios. Vive em palacetes e se exila nos botecos da esquina. Chupa jabuticaba, come bolo de arroz e toma licor de jenipapo. É machista, mas deixa que a mulher tome conta da casa.

O bom goiano aceita a divisão do Estado, por entender que a alma goiana permanece eterna na saga do Tocantins.

Ser goiano é saber fundar cidades. É pisar no Universo sem tirar os pés deste chão parado. É cultivar a goianidade como herança maior. É ser justo, honesto, religioso e amante da liberdade.

Brasilia em terras goianas é gesto de doação, é patriotismo. Simboliza poder. Mas o goiano não sai por aí contando vantagem.

Ser goiano é olhar para a lua e sonhar, pensar que é queijo e continuar sonhando, pois entre o queijo e o beijo, a solução goiana é uma rima.


(José Mendonça Teles. Crônicas de Goiânia. Goiânia: Kelps, 1998)

CULINÁRIA GOIANA

Culinária Goiana
Autora: Centro de Tradições de Porangatu - GO
Publicado em 01/12/04

O Pequi
O Pequi, árvore da família das cariocáceas (Caryocar brasiliense) é o símbolo máximo da goianidade, embora seja encontrada também nos Estados de Rondônia (ao leste), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (no nordeste), Minas Gerais (norte e oeste), Pará (sudoeste), Tocantins, Maranhão (extremo sul), Piauí (extremo sul), Bahia (oeste) e Distrito de Federal.

Embora seja encontrado em todos esses lugares, é apenas em Goiás que existem todas as espécies, as quais frutificam, no seu conjunto, de setembro a fevereiro. Mas dada a sua extrema importância para a grande maioria dos goianos, ele é conservado tanto em essência quanto em conserva.

Sua história de amor com a culinária goiana começou a séculos, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (Cidade de Goiás), ainda no início do século XVIII. Entretanto, no rico sul goiano, mais especificamente na região que cerca a cidade industrial de Catalão, era este utilizado tão somente para a fabricação do lendário Sabão de Pequi, de reconhecidas propriedades terapêuticas, uma vez que a região era influenciada pelos triangulinos - povo de origem paulista-goiana cujo território foi anexado por Minas Gerais no século XIX, e que luta desde então pela sua independência deste Estado.

Atualmente é a fruta utilizada das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes das mais variadas, no leite, e na forma de um dos mais afamados liquores de Goiás, ao lado do saborosíssimo liquor de Jenipapo; seu grande atrativo, além do sabor, são os cristais que forma na garrafa, que dizem, são afrodisíacos.

Comer pequi além de saudável e agradável, é uma ciência, quase uma arte: a polpa macia e saborosa deve ser comida com cuidado, uma vez que esta cobre uma camada e terríveis espinhos, que, se mordidos fincam-se sem piedade na língua e no céu da boca, provocando dores irritantes e levando o infeliz ao hospital. O sabor vale porém, o risco; além disso, com o tempo, qualquer um domina a técnica.

PRATOS DELICIOSOS DE GOIAS

A Cozinha Goiana é basicamente de origem indígena mas também, teve influência de Mineiros e Paulistas que no final no século XVIII, buscavam ouro nos sertões goianos.
Goiás - O prato que mais sobressai é a GALINHADA ( arroz com galinha ) com pequi ou guariroba - Syagrus oleracea (Mart.) Becc. Palmeira usada na arborização ( espécie de palmito amargo comestível). O pequi é uma fruta aromática e de coloração amarela, típica do cerrado goiano que se servido inteiro deve ser raspado e não mordido, pois no seu interior, possui centenas de espinhos difíceis de serem retirados. Outros pratos muito comuns são: EMPADÃO GOIANO ( empada com recheio de frango, carne de porco, lingüiça , guariroba e queijo), PEIXE NA TELHA ( surubim ou pintado preparado em recipiente de barro pode ser assado ou tipo molho), ARROZ COM SUÃ ( espinha de porco ), ANGU ( um tipo de mingau feito com o polvilho do milho que pode ser temperado com sal, pimenta e cheiro-verde ou servido no seu natural), PAMONHA ( feita com a massa do milho verde pode ser temperada com açúcar, creme de leite e queijo ou com sal, lingüiça, pimenta, etc - a pamonha pode ser preparada utilizando-se a própria palha do milho onde é colocada sua massa e cozida em água fervente, assada ou frita ), CURAU ( mingau feito com o polvilho do milho e leite ), PIRÃO (farinha de mandioca preparada com caldo de costela de vaca, frango ou peixe). Os alimentos preparados a partir do milho e mandioca são de origem indígena.